Esta semana conversei com meus alunos sobre a consciência que temos que ter sobre o comportamento sexual. Aprender a diferenciar o ato do sentido que a sexualidade deve ter em nossas vidas. Somos muito mal educados sexualmente. Vivemos mais o consumo do corpo do que a entrega ao outro. Não temos o menor critério ao nos entregarmos às pessoas. Vivemos o limite de tudo em nosso próprio sentimento e orgasmo. Reproduzimos na vida a cama e a cama na vida, isto quando usam a cama. Alguns fazem em pé, o que não é ruim, desde que não seja falta de opção e sim variação de posição.
Este rompimento com o caráter consumista do corpo impede que a profundidade das relações eduque a afetividade dos jovens. Eles continuam crescendo com recalques, falta de auto-estima, capacidade de discernir entre o sentimento imediato, e lógica futura das ações.
Confesso que a aula me deixou apreensivo. Conversar com adolescentes sobre estes temas é delicado, gera sentimento de contrariedade e tensão, mas calculo que na vida os melhores aprendizados são fruto dos embates angustiantes de nossa existência. O aprendizado vem de fora e se alimenta da angústia que fermenta dentro de nós.
terça-feira, 31 de julho de 2007
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