sexta-feira, 20 de julho de 2007
Observatório Social
O município economizou nove milhões com a atuação do Observatório Social. A participação da entidade acompanhando as compras e mantendo um controle rígido sobre os gastos públicos deu resultado. Os nove meses de trabalho do Observatório são a demonstração de que é possível a transparência nas contas do Estado na administração recursos que pertencem a população. O espírito privado dentro do gasto público é fundamental. Existe um excesso em pagamento de produtos com valores elevados, estoques desnecessários e falta de controle sobre o patrimônio do Estado. Nestas brechas muitas empresas fornecedoras do estado se aproveitam para obter vantagens e se beneficiar de desvios de recursos e superfaturamentos. O sucesso de um controle sobre os gastos do Estado não significa que o governo deve se tornar uma empresa. Não podemos, contudo, confundir a função do Estado como representante dos interesses sociais. A necessidade de um acompanhamento dos gastos públicos por instituições que represente a sociedade e gere transparência da máquina do Estado é elogiável e necessário. Porém não podemos cair no tecnicismo pregado pelos regimes autoritários em que para os cargos representativos tínhamos que, obrigatoriamente ter técnicos. Temos sim, que nos cargos técnicos ter especialistas. Nas secretarias e ministérios, nos escalões de alto e baixo comando da administração do Estado precisamos de mão-de-obra capacidade. Romper com o clientelismo e empreguismo colaboraria demasiadamente para a economia dos recursos públicos. Por isso não é preciso de um presidente, governador ou prefeito que seja formado em administração, mas um representante público transparente em seus atos e uma máquina pública com mecanismos de controle eficientes, como no caso de Maringá o Observatório Social está fazendo com a administração municipal.
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