Estamos recebendo 25 milhões do PAC que serão investidos na revitalização da região do Bairro Santa Felicidade, um dos bairros mais carentes de Maringá. Importante decisão que cria uma expectativa de melhorar a qualidade de vida de um nódulo da periferia. O Bairro Santa Felicidade e adjacentes tem criado um poder paralelo ligado a violência. As características de comandos locais dominados por criminosos e que assumem muitas vezes funções que pertencem ao Estado cresce constantemente no Brasil. Isto dificulta a ação dos aparatos de controle e fortalece o poder do crime que, rapidamente se organiza. Para a população carente a ação assistencialista do crime gera cumplicidade e a falência da cidadania.
Maringá não foge a regra e tende a tomar o caminho de uma guerra urbana onde de um lado a região de bem estar e de outro a miséria concentrada se enfrentam. Infantil quem considera que estas duas realidades não provocam uma tensão cada vez maior e propagam com isso a violência diária. Menos porque os miseráveis existem, mais porque servem com matéria-prima, mão-de-obra para os interesses escusos de quem vive nas regiões de privilégio. Crime não é comandado pelos moradores periféricos, sua liderança mora, veste, come e dorme bem.
Os trabalhadores urbanos de baixa qualificação moram na periferia e observam, tocam e cheiram nosso lixo de excesso e não reciclado, transitam entre a possibilidade das áreas centrais e a falta de condições mínimas das periferias. Esta realidade fere os olhos, machuca a alma e revolta a mente, muitas vezes limitada, de quem vive no dia-a-dia entre a falta e o excesso.
Esperamos que o PAC faça sua parte em Maringá, afinal a revitalização de bairros é elemento vital para o crescimento econômico. A qualidade de vida gera investimentos e produtividade.
terça-feira, 17 de julho de 2007
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