segunda-feira, 9 de julho de 2007

Envelhecem os ricos e infantiliza-se os pobres

A velhice está chegando em Maringá, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Teremos um crescimento no número de pessoas com mais de 80 anos, 213%, enquanto a queda no número de crianças será de 39,1%. O envelhecimento é uma tendência nacional. Uma demonstração de maturidade social é exatamente o índice de natalidade baixa. A qualidade vida está também expresso no prolongamento da vida, superar os 80 anos. Mas, as maravilhas dos números da qualidade de vida e da taxa de natalidade convivem com uma realidade cruel. A maioria das natalidades ocorre exatamente na população de baixa renda, a mesma, obviamente, que tem uma baixa perspectiva de vida. Se fizermos um olhar em continentes com África e Ásia teremos um crescimento da natalidade significativamente maior do que no restante do mundo. A falta de condições materiais está associada a falta de perspectiva de vida, mas também, e como reflexo, uma baixa instrução e programação da saúde, falta de programas de prevenção. Miséria faz crescer o número de miseráveis. Os norte-americanos, de forma preconceituosa chamavam os latinos de "baratas", porque se proliferavam em meio a miséria. Agora são os africanos e asiáticos que cumprem este ditado? Claro que não podemos considerar homens como baratas, afinal a comparação é medíocre. As baratas reagem a um instinto lógico, o lixo é sua riqueza e a podridão ambiental o meio mais favorável para sua proliferação, as baratas são lógicas. Nós, seres humanos, apesar de animais, destruímos nossa capacidade de transformação da natureza em prol de nossa sobrevivência planejada, usamos o mesmo instinto das baratas para destruir a lógica, a mesma que já nos deu tantas vitórias.
Temos que aplaudir os números que demonstram a redução da taxa de natalidade e longividade além dos 80 anos, mas há o que condenar um homem que se multiplica na miséria. Diante disto fico pensando que o homem que chegará aos 80 não terá qualidade humana para construir uma convivência e condições sociais melhores? Acredito que, o homem que ira viver muito será um egoísta. Então, pena que vai viver tanto.

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