A Polícia Civil do Paraná cumpriu ontem 33 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma quadrilha de hackers, especializada em furtar dinheiro de contas bancárias pela internet. O roubo é de mais de três milhões de reais. A quadrilha desviou dinheiro de contas correntes. A quadrilha formada de jovens que demonstram uma capacidade incrível de lidar com informática, o que os faz habilitados para um mercado de trabalho, contudo estão dispostos a manter o seu próprio negócio, o roubo. A atividade parece mais lucrativa, contudo o lucro obtido com o desvio de dinheiro alheio vai para o consumo de bens supérfluos como carros, bebidas, festas, roupas, possivelmente drogas. Eis a marca da eficiência de uma geração disposta a roubar e gastar intensamente o fruto de seu roubo com o imediato. Não há interesse em constituir patrimônio ou garantias no futuro.
Ao entrarmos na brilhante mente criminosa do hacker entraremos no vácuo que capacita para o crime e denuncia a incompetência com a vida. Não sei o que me dói mais, se a quantidade de dinheiro desviado de contas correntes, muitas delas de pessoas honestas ou a incapacidade dos hackers de gastar o dinheiro de uma forma coerente e lógica. Não que faça diferença em relação ao desvio. Dinheiro que é fruto de roubo não vai se limpar sendo investido em filantropia ou na bolsa de valores, mas denuncia a contradição entre o crime quase perfeito, de um lado fruto da competência mental e do outro da incapacidade de investimento no futuro, o que denunciaria apenas a violência como um meio, se transformou em profissão.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
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