segunda-feira, 11 de junho de 2007

A morte é cada vez mais “jovem”

A morte de Tiago Franchini da Costa abalou de 21 anos abalou. Contudo o desdobramento do fato demonstra que foi mais um crime envolvendo as drogas e os jovens, pior, adolescentes. O vício ganhou uma proporção de dependência na medida em que o viciado supera limites para a compra da droga. Cada vez mais os crimes ganham uma plástica violenta e chegam a atos de crueldade extrema. Não respeitam princípios, tudo vale na busca de satisfazer o desejo da dependência. Dependência que não está só nas drogas, mas é nela que percebemos a dimensão do quanto estamos dependentes. Independente do que seja, nos viciamos intensamente.
No assassinato de Tiago devemos lamentar a vítima e o vilão, todos jovens. Se lamentarmos o jovem estudante de medicina pelo futuro brilhante que teria, lamentamos os que o assassinaram por ter chego ao fundo do poço e não ter futuro nenhum.
É muito sedo para morrer e matar assim. É muito pouco tempo para alguém ficar dependente de drogas e dar a vida por isso. Facilitamos o acesso a tudo sem construir um ser humano para lidar com a própria vida.
A morte de jovens e a violência que eles praticam, ocorrem em qualquer lugar, os espaços já não definem as intenções, e em todos os lugares que vamos nos encontramos com todas as possibilidades, inclusive a de não voltar. Infelizmente, temos que acreditar que estar vivo e continuar vivendo, pode ser, em alguns casos, uma questão de sorte.

Nenhum comentário: