“Cercado por um mar de lama!” A expressão, em plena decadência de sua fase populista, quando exercia a presidência da república em 1954, Getúlio Vargas assumia que vinha de dentro do Palácio, na época, do Catete, e o que é pior, de sua família, a destruição de sua imagem que culminou com um fim trágico, seu suicídio em agosto de 1954. Getúlio, naquele tempo, estava cercado por problemas de corrupção, combatido por CPIs e próximo a agonia política. Mesmo assim, contava com um grande apoio popular, o que fez de sua morte uma tragédia, contrariando a oposição que esperava um alívio.
Hoje, Luis Inácio Lula da Silva tem sua família próxima a um drama getulista. Seu filho é apontado como um beneficiário do esquema Telemar, seu irmão, Vavá, acusado de envolvimento com Nilton Servo, ex-deputado, vergonhosamente por Maringá, que chefiava uma quadrilha de jogos ilegais, e foi preso em Uberlândia. Outra proximidade getulista em Lula é o envolvimento de um “compadre” Dario Morelli Filho envolvido na Operação Xeque-Mate, acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Mas, apesar das semelhanças das “famílias metralhas”, o final me parece não ser o mesmo. Não teremos suicídio por parte de Lula. Uma demonstração de novos tempos ou a falta de coragem do postulante ao auto-extermínio?
Acredito que existe uma condição nova que impeça que a tragédia se repita. Como afirmava Marx, o teórico do socialismo científico, na história quando algo se repete é porque no original foi uma tragédia, sua nova versão é uma comédia.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
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