sábado, 12 de maio de 2007

O que me angustia em Maringá

Sou maringaense de nascimento e vivi toda a minha vida residindo aqui, em Maringá. Gosto desta cidade por diversos fatores, um dos principais é que aqui realizo minha vida profissional e construo uma identidade de cidadão. Tendo na medida do possível atuar constantemente na vida pública, sem ser político, por mais que tenha minhas simpatias e decepções com a política. Mas, Maringá me preocupa. Nada me dá medo como o futuro que estamos construindo para nossa cidade. Quando Silvio Barros II assumiu, fiquei, de certa forma, empolgado com a perspectiva de se construir uma cidade que desse um paço a frente e muda-se. Não só na estrutura física, mas em sua mentalidade.
Hoje, ainda temo a mente provinciana, o excesso de religiosidade e falta de conceitos mais sólidos e racionais sobre o tráfico de drogas e a violência urbana. Temo a desigualdade que estamos criando a nossa volta, os municípios que fazem parte da região metropolitana de Maringá apresentam sintomas alarmantes de desigualdade.
Mas, temos que continuar alertando e demonstrando os números de uma desigualdade que não é só de nossa região, se prolifera no mundo, principalmente nos países do Terceiro Mundo.

Um comentário:

Kleber Men disse...

Como o nosso grande amigo JOsé Henrique Rollo Gonçalves nos mencionou: "o povo maringaense se sente em um condomínio fechado e ignora a violência que existe em suas próprias atitudes". Muitos se acham no direito de se excluir da sociedade, criando um mundo paralelo entre si e a verdadeira realidade. Como dizia Sir Karl Popper, “não devemos aceitar sem qualificação o princípio de tolerar os intolerantes senão corremos o risco de destruição de nós próprios e da própria atitude de tolerância”. A mentalidade provinciana dessa cidade é um dos fatores que contribuem para o nosso atrazo, inclusive nas questões religiosas: “A religião é vista pelas pessoas comuns como verdadeira, pelos inteligentes como falsa, e pelos governantes como útil” (Sêneca). Tenho cad dia mais medo de onde esse bonde vai parar. Como disse o cantor Silvio Brito: "Páre o mundo que u quero descer".
Abraços Gilson e parabéns pelo blog.
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