sexta-feira, 4 de maio de 2007

Como as malas

O presidente da Câmara de Vereadores de Mandaguari, Romoaldo Pereira Velasco foi seqüestrado e assaltado. Os assaltantes o renderam e o colocaram no porta-malas do seu carro, que foi abandonado em seguida em um canavial. A rentabilidade do crime está em pouco mais de dois mil reais. O que colher da experiência de Romoaldo? A primeira lição é que o porta-malas também deve ser visto como um local para passageiros. Temos que pensar na condição em que as malas vivem. Malas são jogadas no compartimento de trás sem a menor consideração, algumas delas sem alça, outras com um peso insuportável. Mas, independente do tamanho ou forma, somos cada vez mais tratados como malas. Estamos seqüestrados em nossos próprios carros, casas, trabalho, escola e em todos os lugares em que deveríamos ser o elemento principal, o cidadão, o personagem determinante e o centro das atenções. Contudo, somos a mala, o peso, o que, infelizmente, é jogado no compartimento de cargas, o peso morto. Diante disto, muitos começam a pensar em decorar porta-malas de seus carros, pelos menos seqüestrado você pode se sentir gente, mesmo sendo mala.

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