Esta semana, eu recebi críticas pesadas pelo posicionamento favorável a exoneração dos 28 funcionários da Prefeitura de Maringá, que foram demitidos devido à invasão do paço municipal e depredação do patrimônio público. Não me importo com as críticas, mas considero necessário esclarecer que tem que haver um limite na ação do movimento sindical fundamentado no clientelismo e paternalismo do Estado. Criamos um vício de que toda e qualquer ação do movimento trabalhista tem que ser tolerada por que o trabalhador é um “eterno” protegido do estado e injustiçado social. Esta concepção getulista, forjada para controlar a relação entre capital e trabalho funcionou durante a política do controle ideológico e das organizações sociais dependentes da tutela do Estado. Contudo, estamos vivendo outro momento, onde a libertação do intervencionismo estatal exige responsabilidade sobre os nossos atos. O que demonstra a necessidade do movimento sindical assumir sua responsabilidade na conduta na liderança de classe.
Outro fator do qual fui acusado é de compactuar com o autoritarismo do Prefeito Silvio Barros II, onde sua atitude de exoneração dos funcionários significou exaltação do autoritarismo e da retaliação. Meus caros, que “santa ingenuidade”. Vamos admitir, por um momento, que o prefeito tenha feito uma retaliação e perseguido seus inimigos ideológicos através da exoneração. Que toda a ação do prefeito tenha sido pensada em eliminar a oposição ideológica alojada no sindicato dos servidores municipais, e que muitos inocentes pagaram por isso. O que considero algo esperado em um jogo de forças onde as relações ideológicas estão presentes. A culpa maior recai na ação do prefeito ou na incompetência estratégica do movimento sindical, o qual não calculou os riscos da ação que estava promovendo? Quando se entra em um embate como o que os servidores entraram, todos os passos deveriam ser calculados. A estratégia de ação contra o governo municipal foi levada a extremos durante a paralisação. E para concluir, a invasão do paço municipal foi o erro fatal para a derrocada do movimento grevista, ou seja, dar ao prefeito o aval para agir juridicamente contra a paralisação.
Eis que, apesar do que muitas vezes pensamos, Getúlio Vargas fez e faz um grande mal ao Brasil.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário